sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Review: Solanin - Inio Asano

     Há alguns anos eu li "Solanin", na versão de dois volumes. Eu já conhecia o Inio Asano por conta do "Boa noite, Punpun" (em japonês Oyasumi Punpun), mas acabei não lendo esse mangá por terem me dito que era muito pesado. 

    No entanto, essa obra de hoje me chamou atenção, principalmente porque o título era o mesmo de uma música do Asian Kung-Fu Generation, uma das bandas que eu mais ouvi quando era mais nova por conta de temas de anime. Eis então que um dia eu achei a versão de volume único que também tinha ilustrações e um pósfacio do autor e decidi comprar para reler - Eu só demorei um ano pra fazer isso, mas consegui. E é sobre ele que vou falar hoje.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Review: Yin/Yang - Soma Saito

     No texto sobre "In a Safe Place" do The Album Leaf eu falei que tinha conhecido esse artista por conta do Soma Saito, um dublador, cantor e escritor que eu acompanho desde 2023 mais ou menos. Pois bem, eu fiquei pensando muito sobre qual álbum falar primeiro - porque eu literalmente gosto de todos, no nível de escutar todos os dias em algum momento.

    Hoje, decidi falar do terceiro EP, Yin/Yang (em japonês 陰/陽), lançado em 2022. Quem me conhece provavelmente deve estar chocado de eu estar falando sobre esse álbum primeiro e não de in bloom, mas acho que é um momento bom pra isso. E não se preocupem, em algum momento eu vou sim falar sobre in bloom.

    Como Yin/Yang é um EP, ele é mais curtinho e tem apenas 6 músicas - 7 se considerar o Secret Track, mas não vou falar dela aqui porque ela só tem mesmo no CD físico. Vocês podem encontrar esse EP para ouvir aqui no Spotify.

    



quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Review: In a Safe Place - The Album Leaf

     De uns tempos pra cá eu comecei a ouvir alguns estilos de música que não estou muito acostumada. Isso foi por influência do Soma Saito, um dublador e cantor japonês que eu faço parte do fã clube oficial (em algum momento eu vou falar sobre ele aqui, é só uma questão de tempo). Todo dia no fã clube ele traz uma recomendação de alguma coisa junto de um comentário bem simples de duas linhas. Hoje, no dia que eu estou escrevendo e postando esse texto, ele recomendou uma música chamada Hill of Gold de um grupo americano chamado The Album Leaf.

    Eu gostei bastante dessa música e logo depois fui dar uma ouvida na discografia deles no Spotify. Ainda não ouvi tudo, mas uma coisa que eu gostei muito é que uma boa parte delas são mais instrumentais - o que sinceramente é ótimo para deixar de fundo enquanto você precisa fazer outras coisas.

    Hoje eu vou falar um pouco do primeiro álbum deles, que chama "In a Safe Place", lançado em 2004, mesmo que "Hill of God" não faça parte dele.

    

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Review: Prema - Fujii Kaze

    Em algum momento da minha vida (não lembro exatamente quando), eu conheci o Fujii Kaze. Lembro que eu estava vendo o YouTube de forma aleatória e em algum momento eu caí no MV de "Matsuri" e simplesmente tinha achado a coisa mais incrível do mundo. A coisa que tinha me chamado mais atenção nesse clipe com certeza foi não só a melodia, a composição do vídeo e a letra. Mas assistir me deu uma sensação muito diferente. Apesar de ser uma música japonesa, ter elementos do Japão, o estilo meio "largado" do Fujii cantar e se expressar foi o que mais me chamou atenção.

    Mas eu sinceramente nunca fui de acompanhar o trabalho dele de perto e também nunca cheguei a falar sobre ele com nenhum dos meus amigos. Mas, num certo dia, a minha amiga Lua tinha comentado sobre ele e eu fiquei "nossa, alguém conhece o Fujii Kaze, como assim?!". E foi a partir daí que eu comecei a acompanhar mais o trabalho dele (obrigada, Lua!)

    Enfim, eis que essa semana, no dia 5 de setembro de 2025, ele lançou seu novo álbum, "Prema".

    O Fujii já é meio conhecido por fazer coisas meio diferentes nas músicas, e dessa vez foi igual. Prema é o primeiro álbum que ele lançou com todas as canções em inglês. Isso é uma coisa que eu achei muito interessante, porque sim, ele é japonês, mas possui bastante influência internacional. Inclusive ele participa de eventos fora do Japão e esse ano ele vai para o Loolapalooza na Índia! - bem que ele poderia vir pra cá também, quem sabe um dia.

    Hoje eu vou falar um pouco sobre o que eu achei desse novo álbum, mas deixando claro que eu não tenho nenhuma formação de música, então não vai ser nada muito específico, só o que eu senti ouvindo cada música mesmo.


domingo, 7 de setembro de 2025

Impressões: Hypnosis Mic 11th LIVE≪Final D.R.B≫Fling Posse & Matenro - Day 1& Day2

     Nos dias 6 e 7 de setembro de 2025, aconteceu o 11º show do Hypnosis Mic: Division Rap Battle, um projeto multimíidia da gravadora King Records. Sim, esse já é o 11º show, e considerando que HypMic lançou em 2017 com os primeiros singles de cada grupo, é uma estrada bem andada. Esse é o segundo show de Hypmic que eu consigo assistir, o primeiro foi o Fan meeting do Fling Posse que teve bem no começo do ano.

    O show está disponível para compra no ABEMA Live Global para quem é de fora. Day 1 e Day 2 foram vendidos separadamente. Caso queiram comprar, aqui é o Day 1 e aqui o Day 2.


    Pra ser bem sincera, até pouco tempo atrás eu não era muito chegada em HypMic. Eu lembro que há uns anos eu tentei assistir o anime que tinha disponível na Crunchyroll, mas no primeiro momento eu estranhei muito e desisti - eu realmente fiquei, meu Deus que negócio é esse.

    Até porque a história era uma coisa meio esquisita pra mim.

    Mas primeiramente, sobre o que é Hypnosis Mic? 

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Review: Daruma: Perseverança - Monge Han

    Esses dias tinha visto um post do Monge Han (@mongehan nas redes) no Instagram falando sobre a continuação do seu primeiro quadrinho autoral, Daruma, e uma coisa muito bacana de colocar as fanarts de algumas pessoas no volume 2. Então, pra fazer a minha fanart, eu decidi reler o primeiro volume depois de um tempo, e me deu vontade de escrever aqui também. 


    De uma forma bem simples, Daruma conta a história da Yumi, uma moça amarela-brasileira. Desde que conheceu o símbolo do Daruma, ela sempre fez o mesmo pedido, mesmo que agora seus pais não estejam mais presentes fisicamente. Os anos se passaram, e agora ela trabalha num mercadinho com seu melhor amigo, enquanto sua irmã, Sayuri está na escola dando o seu melhor brigando, e seu irmão Kenji está prestes a entrar na faculdade de medicina. No entanto, um desastre ocorre em sua família, fazendo com que a protagonista tenha que recorrer ao Daruma uma última vez e fazendo com que ela descubra um novo mundo e novas realidades.
    
    Com certeza uma das coisas que eu mais gosto nessa história é como ela é bem fluida. Você começa a ler o quadrinho e simplesmente não consegue parar até acabar. Outra coisa que é bem legal é que a linguagem é bem atual (eu ia dizer leve, mas não é exatamente leve, considerando que tem palavrões, haha). Há bastante uso de gírias, o que reforça a imagem jovial, principalmente da Yumi.

    Falando nela, inclusive, eu gostei muito que a Yumi é uma personagem super carismática e com uma presença bem forte desde o começo. Ela é animada, extrovertida, mas também tem o seu lado sensível. Os outros irmãos também possuem traços bem característicos e personalidades únicas, mesmo que eles não sejam tão desenvolvidos. O Kenji, ele é um fofo e a Sayuri, apesar de ser mais fechada, tambem tem seu charme.
Além disso, uma coisa que eu achei muito legal mesmo foi a ficha dos personagens. Não só porque é legal saber sobre eles mesmos, mas o fato de cada um ter uma Playlist me agradou muito! Foi bem divertido ouvir cada uma das Playlists, elas casam muito com a personalidade de cada um e isso também faz com que você imagine como eles são pra fora do qudrinho.

    Assim como as artes e os outros quadrinhos do Monge, também não podia faltar a critica sociopolítica. Isso é uma coisa que eu particularmente sempre admiro muito no Monge, porque acho muito difícil de fazer, principalmente dentro de uma história desse tipo. E não só fazer a crítica, mas trazer ela de um jeito que não soe super apelativo, fazendo ela se mostrar atual pra época que foi publicada. Felizmente aqui o Monge Han consegue fazer isso de forma bem legal, representando algumas de um jeito mais "sutil" – como o Kaio Kinoshita – e algumas mais diretas – como as falas mais racistas contra alguns personagens do círculo da protagonista e contra ela também.

    E nāo só de política e família que se fala em Daruma, mas também há elementos da cultura japonesa nessa história (além do dito cujo) com a representação de yokais como o Kappa e o Tanuki. Eu gostei muito de como eles foram introduzidos e ficaram bem legais no design de personagem.
    
    E a última coisa que eu gostaria de comentar como Paulista, foi a sensação de proximidade que eu senti, principalmente na cenas do metrô com a frase "próxima estação...", hahaha. Confesso que eu li essa cena com a voz da mulher do metrô mesmo. 

    Com certeza Daruma é uma história que te faz rir, chorar, se divertir e até mesmo refletir. E o que ficou pra mim particularmente é que, no final, mesmo que você peça um pedido pra um Daruma pintando um dos olhos –ou pra qualquer outra representação ou simbolo que traga essa ideia de realizar pedidos–, quem vai realizar o próprio pedido é você mesmo. 

    Essa é uma leitura que eu recomendo fortemente, principalmente agora que o volume 2 vai lançar!!
    Vocês podem adquirir esse primeiro volume na Amazon.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Mini Review: Entre olhares e gestos

Faz um tempo que eu não lia nenhum quadrinho nacional. Dessa vez, meus amigos artistas queridos Chung (@chungie nas redes) e Jaco (@yuriico_) fizeram uma história em quadrinho com seus personagens originais.
A sinopse é super simples: Oliver, um agricultor e Shin, um chefe de cozinha acabam se conhecendo numa lavanderia e acabam se encontrando várias vezes nesse local. Eles trocam olhares e pequenos gestos, e pouco a pouco começam a se aproximar.

É uma história que realmente dá uma sensação de ser mais comum ao representar momentos cotidianos e triviais, mas acho que exatamente por isso que é tão aconchegante. Um encontro casual, interações sutis, pequenos gestos simples e momentos que se mostram valer mais do que palavras, mas de um jeito muito delicado. Inclusive palavras são coisas que Oliver e Shin não utilizam, fazendo jus ao nome da zine. As únicas palavras que são utilizadas aqui são para representar sons e os movimentos sutis de cada personagem.

Os traços característicos de Chung –ilustrdora das cenas do Shin– e de Yuriico –ilustrador das cenas do Oliver–, que se intercalam de acordo com a perspectiva de cada personagem durante toda a leitura, trazem uma experiência única.

Outra coisa que eu gostei muito foi a ficha dos personagens no final da zine. Foi muito gostoso poder conhecer um pouco mais deles de forma mais detalhada e eu inclusive gostei muito que também foi colocado a paleta de cores do Shin e do Oliver. (Vai ajudar muito a fazer uma fanart!!)

Essa é uma leitura super reconfortante, perfeita pros dias em que você se sente cansado e precisa de um aconchego. Impossível não recomendar! Normalmente a zine está a venda nas lojinhas online das artistas quando elas abrem (no momento que estou lançando esse texto, as lojinhas já fecharam :')) e também em eventos de Artist Alley que elas participam.

Para comprar, eu aconselho ficarem de olho no Instagram e no bluesky/twitter deles!

Chungie: @chungie_ (twitter); @chungi-art.bsky.social (blusky); @chungi_art (insta)

Yuriico: @yuriico_ (twitter); @yuriico.bsky.social (bluesky); @yuriico_ (insta)

Review: Solanin - Inio Asano

      Há alguns anos eu li "Solanin", na versão de dois volumes. Eu já conhecia o Inio Asano por conta do "Boa noite, Punpun...