Dando continuidade ao post da semana passada, hoje vou
falar sobre Abracadabra 2. Vale lembrar também que eu assisti ao filme dublado
e que nessa resenha HÁ SPOILERS, INCLUSIVE DO FINAL DO FILME.
Depois de 29 anos, a Disney decidiu trazer uma continuação –
completamente inesperada – do clássico de 1993. O roteiro continua sendo de Kenny
Ortega e a direção de Anne Fletcher.
Trio de protagonistas Izzy, Becca e Cassie |
A história é bem fechadinha e o longa funciona muito bem, tanto para quem já conhece a obra, quanto para aqueles que estão vendo pela primeira vez. É claro que, para quem já assistiu ao primeiro longa, há um toque especial a mais – por conta da sensação de nostalgia. Além disso, uma coisa que eu achei muito legal foi uma cena em que uma pessoa está literalmente assistindo ao primeiro filme.
Como fã do longa de 93, foi muito legal conhecer um pouco
mais sobre o passado das Sandersen e a origem delas como bruxas. Isso deu uma
camada a mais para essas personagens que hoje são um dos ícones dos filmes
cult. E, apesar de ser ambientada nos dias atuais, a sequência conseguiu manter
a essência das personagens, o que foi muito gratificante.
Falando em tempos atuais, outra coisa que achei muito legal
foi a reação das bruxas ao retornarem para Salem. Depois de quase 30 anos, a
cidade claramente mudou muito – ficou mais moderna e tecnológica, com os moradores
utilizando smartphones, as vassouras se tornando robôs e etc. Ver as três irmãs
sendo completamente inocentes, ficando confusas com as novas tecnologias e
achando que tudo é uma magia nova trouxe boas cenas de comédia.
O trio de personagens principais composto pelas
garotas adolescentes é meio sem graça. De todas, a que tem mais personalidade e
iniciativa é Becca. Izzy é uma menina ok, mas também não tem muito destaque e
acaba mais seguindo a Becca. Já a Cassie mal aparece no filme. Inclusive, achei
ela meio chata, e o namorado dela insuportável – que menino chato, meu Deus do
céu, só serviu para encher o saco. Por fim, o último personagem que talvez deveria ter um pouco
mais de relevância – o Prefeito da Cidade – é meio babaca, infantil e não tem cara nenhuma de
prefeito, sendo bem sincera. No fim das contas, a sensação que fica é que as
bruxas de Salem que continuam roubando a cena.
Mas, apesar desses personagens, dá para perceber que esse
filme também uma grande homenagem ao original. Tanto é que não temos só easter-eggs
escondidos e sutis, como as próprias irmãs Sandersen se tornaram uma lenda
na cidade e tiveram sua casa transformada numa loja de artigos de bruxaria.
Além disso, também é possível ver inúmeros fãs fazendo cosplay delas, com
direito à realização de um concurso.
Outro ponto que eu gostei MUITO, mas MUITO legal mesmo,
foram as músicas. Em especial a intitulada “The Witches Are Back”,
que é claramente é uma paródia do clássico “The Bitch is Back”,
de Elton John, que ficou simplesmente maravilhosa. Também gostei muito
das coreografias feitas pelo Kenny Ortega, que, como já conhecemos, faz
um bom trabalho nas danças ritmadas com as músicas.
O final do filme também foi bem emocionante, eu
sinceramente não estava esperando. A Winny ignorando o aviso do Feitiço do
Poder e perdendo o que mais amava – suas irmãs – realmente me emocionou. Foi
tipo uma tacada na minha cara. Além disso, o final e a cena pós crédito também dá
brecha para quem sabe, uma possível continuação, agora com as três novas bruxas.
Tomara que não demore mais 30 anos.
No geral, “Abracadabra 2” é uma ótima continuação. É divertido e consegue se adaptar bem ao contexto atual sem perder sua essência, trazendo ótimos momentos de comédia e um final digno para as bruxas. Apesar de não ser necessário, é legal assistir ao primeiro filme antes, para entender um pouco melhor e pegar os easter eggs. E, se você já viu do primeiro filme e gostou, essa continuação com certeza é um prato cheio.
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