segunda-feira, 17 de abril de 2023

Review: Super Mario Bros. O Filme

 

    Após o lançamento de um live action completamente desastroso de uma das, se não a franquia mais famosa da Nintendo, em 1993, o clássico jogo Super Mario Bros. ganhou uma nova adaptação em animação, 30 anos depois.

    Sendo bem sincera, apesar de ficar com um pé atrás por conta da fama de vídeo games não terem tido adaptações muito felizes nos últimos anos, foi quase impossível não ficar animada com essa nova adaptação. Até porque dessa vez, a Illumination (famosa pela produção dos filmes Meu Malvado Favorito e Minions), junto com a própria Nintendo, estavam tacando o projeto para frente, inclusive com a supervisão do próprio criador da franquia, Shigeru Miyamoto.

    Dito e feito. Diferentemente da primeira adaptação de 30 anos atrás, essa nova faz jus à franquia do encanador bigodudo de chapéu vermelho, trazendo um prato cheio de referências aos jogos com uma animação colorida e de encher os olhos.

    

    O enredo do filme é bem simples e direto.

    Mario Mario e Luigi Mario são dois irmãos que moram no Brooklyn, em Nova Iorque, e decidem abandonar uma carreira estável para tentar viverem o sonho de serem encanadores. Apesar de sua família não os levar a sério, os dois irmãos tentam seguir na carreira, que se diga de passagem não estava muito animadora.

Os irmãos Mario Mario e Luigi Mario

    Um dia, os irmãos encontram um misterioso cano verde que os levam para os Reino dos Cogumelos. Porém, separados por um cano no meio do caminho, Mario tem que encontrar seu irmão Luigi e salvar o reino das garras do vilão Bowser.

    A trama em sim é bem simples, e a sensação é de que tudo acontecia muito rápido. A sequência da chegada no Reino dos Cogumelos para o treinamento e ida ao resgate de Luigi é algo que parece acontecer num piscar de olhos, com certos cortes que me incomodavam um pouco. Além disso, também senti falta do próprio Luigi no filme e do momento dele nas terras do Bowser.

    Porém, para quem já jogou diversos jogos da franquia, referência e nostalgia foi o que não faltou nesse filme. Com a inserção de elementos dos jogos clássicos do Donkey Kong até a customização dos Karts com o botão de seleção “A” idêntico ao Mario Kart 8 Deluxe; as formas que o Mario adquire ao utilizar power ups -como o Mario gatinho do 3D World- e a trilha sonora que também faz alusão aos jogos clássicos, particularmente tudo trouxe uma sensação bem emocionante e gostosa.

Pôster mostrando a Rainbow Road, de Mario Kart

    Outra coisa que me deixou bastante feliz foi a participação da Princesa Peach como parte do time dos heróis, deixando um pouco de lado a ideia de "princesa indefesa" que os jogos sempre trouxeram e dando a ela um pouco mais de empoderamento e destaque.

    Com relação às músicas, com certeza a mais legal de todas é a de Bowser cantando seu amor para Peach. Como assisti ao filme dublado, não ficou a versão original do Jack Black, mas sinceramente não duvido que tenha ficado tão incrível quanto na versão brasileira.

    E já encaixando com a dublagem, tenho que dizer que gostei muito da versão do Mario de Raphel Rossatto e do Luigi de Manolo Rey. Uma das coisas que todo mundo havia reclamado na época do trailer original com certeza foi: “cadê o sotaque italiano, Chris Pratt???”. Já na versão brasileira, os dubladores trouxeram essa característica que é tão marcante na voz do personagem. Claro que havia uma chance bem grande dessa coisa do sotaque ficar meio estranho, mas particularmente não atrapalhou na minha experiência. A voz do Bowser, dublado pelo Marcio Dondi também ficou muito boa e inclusive ameaçadora.

    A única coisa mesmo que senti falta foi do Yoshi, mas a cena pós créditos do filme já nos dá a dica de que ele deverá aparecer numa provável, se não praticamente certa, sequência da história.

    No geral, o longa é divertido, mas me pareceu meio raso e corrido, me deixando com uma sensação de "poderia ser um pouco mais". Ficou bem na cara que não quiseram arriscar e decidiram apelar para a nostalgia dos adultos e o foco nas crianças. Mesmo assim, acho que vale a pena conferir, principalmente se você é fã da franquia ou se simplesmente quer passar uma tarde com um filme gostosinho.

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